BM desenvolve primeira clinica veterinária móvel feita com contêineres
A BM Reparos e Locação de Containers entregou para a Prefeitura Municipal de Praia Grande, SP, no dia 29 de junho a primeira unidade móvel de atendimento à saúde animal (UMASA) feita com um contêiner de 40 pés (12 metros) e dois de 20 pés (6 metros) com área interna de 56m². A clínica, ícone do Projeto Bicharada, foi inaugurada no dia dois de julho pelo prefeito Alberto Mourão e contou com a presença de autoridades, entidades ligadas à proteção da vida animal, representantes da BM, munícipes e queridos pacientes que foram atendidos no dia da inauguração.
A UMASA estará presente em todos os bairros, permanecendo ininterruptamente 15 dias em cada um e executará cirurgias de castração gratuitas previamente cadastradas por agentes comunitários de cada bairro. O objetivo da prefeitura de Praia Grande, ao criar o projeto Bicharada, é controlar o aumento populacional e proporcionar o bem estar animal.
As negociações tiveram início em novembro de 2014, mas a execução do projeto dependia de doações de entidades ligadas à proteção da vida animal, que se materializaram 15 dias antes da entrega efetiva da unidade móvel.
A construção da unidade, em prazo recorde, foi possível porque desde o primeiro contato a equipe de módulos habitáveis da BM estudou os melhores métodos e materiais para o projeto. Dando uma atenção especial ao módulo do centro cirúrgico, que precisava atender as normas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), tais como iluminação com proteção para evitar que uma lâmpada estoure e caia sobre um paciente, piso antiderrapante e lavável e paredes laváveis. Quando o montante para a aquisição dos materiais foi entregue, todos os materiais e fornecedores já haviam sido escolhidos. Assim a compra, entrega e execução funcionaram como uma grande engrenagem.
O atendimento tem início em uma sala de espera (6m), com TV e senha de atendimento cirúrgico. O espaço abrigará as pessoas que ficarão com seus pets antes da cirurgia e, também, onde aguardarão seu retorno.
A entrada do animal é feita no módulo de pré-atendimento. Lá ele é pesado, avaliado, tosado e sedado. Em seguida é levado para o módulo centro cirúrgico, de lá para a sala de recuperação e, finalmente, é devolvido ao dono.
O local conta com aparelhos de ar condicionado para evitar a propagação de bactérias. Além disso, todos os móveis, gaiolas e a geladeira contêm rodas, por isso tem sistema de fixação para transporte. Há também armários fixados nas paredes para acomodar os materiais necessários.
Atrás de cada parede e teto há estruturas de aço galvanizado ou guias e montantes para Drywall e forração completa de lã de garrafa pet, que é a prova de fogo, dá proteção térmica e acústica. O piso é ecológico, impermeável e térmico feito de aparas de tubo de pasta de dentes e de alumínio. As paredes do centro cirúrgico foram feitas com painéis de alumínio composto (ACM). A comunicação entre os módulos é feita por portas de correr.
Em todos os locais onde há móveis afixados na parede foram instaladas chapas de aço atrás dos revestimentos. Por fim foi instalada uma caixa d’Água sobre o centro cirúrgico para abastecer uma torneira elétrica.
As principais vantagens desse projeto são mobilidade, custo acessível, e mais espaço e praticidade do que adaptações móveis feitas com ônibus ou trailers. A clínica veterinária móvel em contêineres é a primeira do gênero que se tem conhecimento. A ONU tem hospitais de emergência para atender calamidades feitos com contêineres. Essa parece ser uma boa opção para eliminar atendimentos precários em corredores hospitalares públicos do Brasil.
1 comentário
Cindy / 26 de agosto de 2015
Muito bom Beto. Sem vocea jamais toeramis estes momentos registrados. Espero que a ABES tenha como armazenar este acervo para no futuro relembramos o nosso passado. As coisas boas que estamos fazendo Uma abrae7o, Vitorio.